SILÊNCIO (SILENCE, MARTIN SCORSESE, 2016)

Silêncio pra mim foi à experiência mais emocional que eu tive com o cinema em 2016 e no cinema em 2017. Eu fiquei absolutamente encantado e fisgado durante todas às 2 horas e 41 minutos do seu tempo de duração. Eu acho que como todos devem esperar de Scorsese, os elementos técnicos do filme são excelentes, isso é um consenso de todo mundo eu imagino. Contudo a maneira que Scorsese entende esse mundo e esse cenário todo é absolutamente sensacional. A trilha e até mesmo o som do filme são usados de uma maneira tão brilhante pelo filme que você sente profundamente a forma que esses elementos são usados nas sequências de forma tão notável. O elenco do filme então é extraordinário e talvez um dos pontos mais fortes de Silêncio e uma das suas maiores qualidades, talvez até a maior, Andrew Garfield vive o papel da sua vida e está esplendido na pele do protagonista entendo perfeitamente o quão profundo é o seu personagem e a sua jornada única de fé. No elenco coadjuvante, Yoshi Oida, Shinya Tsukamoto e Shinya Tsukamoto estão ótimos, Adam Driver também está bem, mas o grande destaque mesmo do elenco coadjuvante vai pras fantásticas interpretações de Yosuke Kubozuka que cria um retrato assombroso que concede uma compreensão dolorosa do que parece ser um homem tão miserável, Liam Neeson que apenas em algumas cenas deixa uma impressão considerável porque subverte o seu papel habitual como o mentor confidente, ao invés disso ele acaba retratando um homem triste e quebrado que acaba sendo forçado á destruir seus próprios ensinamentos e Issey Ogata que dá uma atuação que é verdadeiramente ameaçadora, mas de alguma forma também é absolutamente hilariante retratando de forma única um inquisidor com um método brutalmente eficaz de destruir os seus inimigos. O elenco do filme é perfeito e virou um dos meus elencos favoritos do cinema. Eu tenho uma teoria que o filme pode depender muito do seu estado espirito e do que ele te traz pessoalmente pra você gostar ou não dele, especialmente pelo jeito que Scorsese conta a história do filme. Como de costume, Scorsese geralmente não procura impor suas emoções sobre você, mas permite que quem assista a esse filme faça um mergulho onde queira que ela esteja em seu próprio tempo, da sua própria maneira. A abordagem do filme pra mim é extremamente fascinante e até hipnotizante pela forma que Scorsese apresenta diferentes facetas daquela historia que podem conter momentos de uma beleza gigante, justamente com momentos de verdadeiros horrores inconfundíveis. O filme me colocou nesses dois momentos e ás vezes ao mesmo tempo, o que é bastante ousado e impactante. Através da viagem que esse filme te faz experimentar, assim como o método de trabalho de Scorsese, eu acabei entendendo o quanto esse filme é essencialmente profundo. Eu não quero usar a palavra “obra–prima”, mas estou muito perto de usar. Tudo que eu posso dizer é que além de ser o filme mais poderoso de 2016, ele também é um dos melhores filmes de Martin Scorsese pra mim.

NOTA: 10

Comentários

  1. Muito bom elenco nesse filme. Sem dúvida eu ancho que tudo mundo deveria conocer a história 7 Minutos depois da meia noite é uom dos melhores Liam Neeson filmes se tornou em uma das minhas histórias preferidas desde que li o livro, quando soube que seria adaptado a um filme, fiquei na dúvida se eu a desfrutaria tanto como na versão impressa. Li que Juan Antonio Bayona foi o responsável e fiquei muito satisfeita com o seu trabalho, além de que o elenco foi de primeira. De verdade, adorei que tenham feito este filme.

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